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Sempre on-line, dentro e fora do trabalho
 
28/07/2010
Fonte: Gazeta do Povo On-Line
O comerciante Marco Brotto tem dois smartphones. O do trabalho só fica ligado em horário comercial. O outro, 24 horas por dia no ar
Crédito: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Foi-se o tempo em que os smartphones eram sinônimo de trabalho. Os aparelhos que combinam funções de telefone e computador atravessaram com certa folga a fronteira do ambiente corporativo e vão, aos poucos, abocanhando uma parcela maior do mercado brasileiro de celulares. Fabricantes, operadoras e consultorias do setor apostam que eles vão conquistar cada vez mais usuários – fascinados pela ideia de estar on-line 24 horas por dia, principalmente nas redes sociais, e animados com os preços, que não são mais tão salgados como no passado.

“Há três anos, o desejo das pessoas era um aparelho com câmera fotográfica ou mp3 player. Hoje elas buscam conectividade. Que­­rem estar conectadas o tempo to­­do”, resume o diretor da Claro para o Paraná e Santa Catarina, Eduardo Coutinho. Para o gerente de inteligência de mercado da Blackberry, Alex Zago, é a combinação dos fa­­to­res que tem contribuído para o aumento da procura por smart­phones no Brasil: a queda dos preços dos aparelhos e também dos serviços e a popularidade das redes sociais entre os brasileiros. “Nos Estados Unidos, há muito tempo estes aparelhos ultrapassaram o ambiente corporativo. No Brasil essa tendência é um pouco mais recente, mas tem sido favorecida por essa combinação.”
Outros países da América Latina, como Venezuela e Chile, e também o México, já vivem mais tempo on-line via celular. O atraso tupiniquim, diz o executivo, é causado por uma certa resistência do brasileiro em pagar por serviços – o que vem mudando à medida em que as pessoas reconhecem mais valor neles. “As operadoras têm trabalhado muito neste sentido”, acredita Zago. Outra empurrão vem da criação de aplicativos para acesso de portais como Twitter e Facebook, que aos poucos vêm conquistando os brasileiros, antigos fãs incondicionais do Orkut (que não tem aplicativo para celular).

Encontrar usuários que confirmem essa tendência não é difícil. A executiva Jaqueline Vieira de Lemos se declara uma viciada pelo seu iPhone e pelas funcionalidades que ele tem. “Uso o tempo to­­do. Meu marido, se pudesse, jogaria pela janela. Mas eu adoro. Às ve­­zes tenho que me policiar porque reconheço que em alguns casos atrapalha.” Pelo telefone, ela acessa e-mails e alimenta as redes sociais das quais participa, principalmente no começo da manhã e no fim do dia – no jantar com ami­­gos ele vira brinquedo para os filhos. “Minha ferramenta de trabalho é o Nextel, que fica ligado 24 horas por dia. O IPhone é para di­­versão. É muito prático e reúne mui­­ta coisa. Quando acaba a bateria, fico até meio perdida: está tudo lá!”

Não satisfeito com um, o comerciante Marco Brotto tem dois smartphones – O BlackBerry concentra o trabalho e o IPhone as redes sociais. “Assim, não misturo vida pessoal e profissional. O primeiro só está ligado em horário comercial. Mas o iPhone está co­­nectado 24 horas.” Pelo brinquedinho da Apple, ele acessa o Facebook e o Twitter e navega em busca do horário do cinema ou do endereço que tem que ir, por exemplo. Assim como Jaqueline, Brotto diz que algumas pessoas em volta se incomodam com tanta conectividade. “Tenho que me conter em algumas situações. Mas acho que a tecnologia é algo inerente à vida do século 21”.

Participação

A ABI Research estima que as vendas mundiais de smartphones vão crescer 21% ao longo deste ano, chegando a 224 milhões de unidades. A consultoria Analysys Mason espera ainda mais: 32% ao ano, principalmente em mercados emergentes da Ásia-Pacífico e América Latina. Se ela se confirmar, serão 1,7 bilhão de aparelhos. Até lá, a participação destes modelos no total das vendas de celulares deve saltar de 8,6% para 32,2%, segundo a Pyramid Research. A estimativa do mercado é de que elas respondam hoje por 10% do total na América Latina. As operadoras brasileiras preferem não revelar o porcentual destes aparelhos nas suas vendas, mas garantem que a procura é crescente.

Nos últimos dois anos, a Claro vem registrando um aumento de cerca de 200% nas vendas dos aparelhos inteligentes. Na Vivo, entre janeiro e maio deste ano, o aumento foi de 57%, na comparação com o mesmo período do ano passado. O diretor para o Paraná e Santa Catarina, Antônio Pizarro, diz que eles representam hoje 30% dos modelos disponíveis no portfólio da operadora. Os smartphones são a grande aposta da Vivo para o Dia dos Pais, mas Pizarro diz que o interesse pelos aparelhos inteligentes não tem idade. “Ele atrai todos os públicos. A barreira de preço tem caído e as pessoas hoje têm mais acesso a eles.”

Entre os campeões de venda da operadora está o iPhone – telefone de alto-padrão, vendido em média por R$ 1,2 mil –, mas também modelos que custam a partir de R$ 49, dependendo do plano escolhido. O diretor da Claro diz que, com pacotes de dados com mensalidades inferiores a R$ 100, há modelos que não custam nada. “O smartphone é muito mais acessível hoje. Tanto o aparelho quanto o serviço.” Há opções até para quem quer acessar somente as redes sociais, por R$ 29,90. A ideia das operadoras é que ela seja acessível inclusive para os usuários pré-pagos. Há poucos dias a Vivo lançou para este público o VivoOn – ao recarregar o aparelho com R$ 25 em crédito, o usuário ganha acesso grátis a redes sociais.

 
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O comerciante Marco Brotto tem dois smartphones. O do trabalho só fica ligado em horário comercial. O outro, 24 horas por dia no ar
 
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